terça-feira, 9 de outubro de 2012

Criança...

                                                         

Saudades... é a palavra mais sincera para definir o que a gente sente quando lembra da infância... e como ainda não tenho filhos, a infância em foco é a minha mesmo... Digamos que eu nunca deixei de ser criança... mas agora diferente, claro. Cheia de responsabilidades, contas para pagar, casa para administrar, um marido para amar...
Eu poderia citar tantas coisas que me remetem à essa fase tão gostosa!
 As festinhas de aniversários (não tinham convites em papel, eu ia na casa dos amiguinhos da rua e falava:     " Ei fulano(a), amanhã é meu aniversário, vai lá em casa cantar parabéns pra mim! kkkkkkk... Era bem assim!). A família, claro, já era convidados automáticos... família pequena (que pena!), mas que fazia uma farra! Ah, sem contar que a maioria dos aniversários eram comemorados em dupla (minha irmã Lígia, nasceu 4 anos e 11 dias depois de mim, então meus pais comemoravam tudo num dia só! kkkk), isso quando não era triplo (porque meu primo Vinícius nasceu 4 anos e 15 dias depois de mim e 5 dias depois da Lígia, então teve ano que minha mãe e minha tia Vânia resolviam colocar tudo no mesmo balaio!). E com balões pendurados na garagem, uma mesa cheia de doces, bolo e refrigerantes (não sei por quê, mas os refrigerantes faziam parte da decoração da mesa, kkkkkk), a gente se divertia à beça... era o momento dos adultos bater papo e a meninada se acabar de brincar... até chegar a hora dos "parabéns"... Aí era a disputa pra quem sopraria a vela primeiro (no caso dos aniversários duplos e triplos). Mas na hora, todas as crianças em volta da mesa sopravam junto e ninguém sabia que tinha apagado a vela... rs rs rs rs... (o bolo devia ficar "daquele" jeito! kkkk). Bons momentos...
Tinha também as brincadeiras sem fim NA RUA... Sim, eu brincava na rua, livre, leve e solta... de tudo: queimada, rouba-bandeira, esconde-esconde, polícia e ladrão, pare-bola, vinte e um, pegador, bicicleta, patins, e tudo o mais que a gente conseguia inventar... e não sei de onde saía tanta criança... começava com umas duas, três e de repente a rua lotada, barulhenta, alegre... até ouvir os gritos das mães: "fulano, entraaaaa! Por hoje chega!!! Vem tomar banho!!!". "Ah, mãe, só mais um pouquinho!", era o nosso coro...
Bons momentos.
Na escola também era uma mistura de tudo: a gente estudava, brincava, brigava... eu já sofri bullying e já fiz bullying também. Mas na época isso não tinha nome... o máximo que acontecia era levar sermões de professores, diretores, pais e etc... depois a gente ficava de bem de novo.. E o bullying tinha e não tinha fim.
Bons momentos.
Tinha também os momentos de separar: meninas pra cá e meninos pra lá... aí era a vez de brincar de bonecas com as amigas. Barbie era o sucesso. Cada uma juntava o que tinha (umas o salão outras a cozinha, algumas a sala ,o Ken, - ninguém tinha a casa e nem o carro- mas a gente inventava, nossas Barbies não ficavam sem teto nem pegavam ônibus! kkkkk). A roupas das Barbies então era uma festa: além das que já vinham com a boneca, algumas mães costuravam modelitos diferentes, outras - como a minha- iam à feira hippie e compravam. E também tínhamos vários sapatinhos, bolsas, nossas Barbies eram muito elegantes... e ali passávamos horas e horas.
Bons momentos.
Nas brincadeiras de casinha, até que permitíamos a participação de alguns meninos... Aí tinha o "pai", a "mãe", "os filhos". O pai ia trabalhar (e improvisávamos um "escritório", onde lá se reunia os "funcionários" -outros meninos, para poderem entrar na brincadeira, kkkk- e a mãe e filhos ficavam em casa com as tarefas domésticas (a gente aprende os "papéis" que a sociedade impõe desde cedo!). Aí dá-lhe jogos de panelinhas, xícaras, mini-vassouras, fogões, carrinho de feira... fazíamos "comidinhas" com plantas, mato, e era uma diversão.
Bons momentos.
Lembro também de fugir de surras, da minha mãe falar: "se correr vai apanhar dobrado". Às vezes me atrevia a tentar a fuga, outras ia como um cordeiro a ser sacrificado. E minha mãe às vezes "fingia" que batia, dando uns tapas bobos, em outras batia mesmo, dava umas belas chineladas nas pernas e bumbum e depois, ficava com aquela cara que parecia que era ela quem tinha apanhado... hehehehe... Meu pai nunca bateu... mal chamava a atenção... ele só mimava e "estragava", comprando tudo o que era "errado", como chocolate Surpresa, Fofão, Mini-chicletes, Lápis de chocolate, Mirabel, Lolo, etc, etc, etc.
Bons momentos. (Isso não mudou muito até hoje! kkkkkkkkkkkkk).
Tinha os momentos do para-casa, das leituras de revistinhas da Turma da Mônica, de ouvir Balão Mágico, Xuxa, Trem da Alegria... fazíamos "apresentações" para a família, aff! kkkkkkkkk.
Bons momentos.
E eu tinha as minhas avós. A paterna um pouco mais rígida, mais cautelosa, cheia de sabedoria. Nos cobria de orações e nos ensinou o caminho da Igreja, onde criamos nossos valores espirituais e assim nos levou à maior conquista: aceitar Jesus como nosso Salvador. Saudades!!!! SEM FIM! =\
A materna, era só para me "estragar" também. Fazia TODAS as minhas vontades, me protegia de coros, de chingos, contava histórias, me fazia dormir no seu cantinho (que eu chamava de "ninho", porque eu juntava um tanto de travesseiro, quanto mais bagunçada a cama ficava, mais eu gostava!), e ali eu me sentia tão segura, amada, protegida. Saudades!!! SEM FIM! =\
E tinha a farra dos primos em parques, clubes, zoológicos, praias, nas casas, todo mundo junto e misturado. Brincando, brigando,esfolando o joelho, dando trabalho para as mães e babás... kkkkkk.
Bons momentos.
E no final dessa "breve" lembrança de ALGUMAS coisa que marcaram minha infância, vem uma pergunta meio angustiada no meu coração: porque a gente cresce????????????

Bjs,

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