sábado, 31 de março de 2012

A morte do ego...


                                                               
Olá amigas e amigos, hoje resolvi escrever nesse espaço tão especial para mim, algo que está tocando fundo em meu coração. Talvez seja o post em que eu sinta mais profundidade em cada linha.
 No princípio não sabia muito,na verdade eu não sabia nada e tive que aprender. E mesmo assim continuo sem saber, sem entender, com dúvidas, questionamentos...
Subi a montanha para entender que com esforço podia conquistar algo dentro de mim. Fiz por conta própria, claro que tive ajuda, pois quase escorreguei muitas vezes, mas eu subi e cheguei lá no alto. Quis estar no alto, só para saber como era olhar lá para baixo. Deu uma sensação de poder, de vitória, mas passou rápido, porque eu logo percebi que não poderia ficar lá em cima para sempre.Em algum momento poderia escorregar, ou de repente descer para ter a sensação de subir de novo. Porque eu percebi que a vida é um eterno altos e baixos. E que se não fosse assim, talvez não teria graça.
  Parei para sentir a brisa, sentir o vento, e dessa forma conseguir perceber que o que sinto e não vejo pode ser real e verdadeiro. Não precisa ser palpável, nem mesmo visível. Eu consegui ver sem enxegar. E o que os meus olhos não viram, entrou no coração e refletiu no meu olhar.
 Fui ao mar para encontrar a coragem, pois ali tive que aprender a confiar em mim. Aquela imensidão, aquela sensação de impotência diante de algo tão grandioso, me fez criar coragem, Fui caminhando lentamente, passo a passo, até sentir as ondas batendo no meu corpo. E reparei nas ondas... vi que ora poderia estar lá em cima novamente, mas que certamente iria descer. Isso me fez enxergar quem sou eu. Não há estabilidade constante.
 Atravessei um deserto e vi que o passado é uma ilusão, pois as minhas pegadas eram engolidas pela a areia. E entendi que haveriam muitos outros desertos a serem cruzados. Inclusive em meu coração. Nesse momento, há si, um deserto em meu coração. Estou lutando para atravessá-lo. Posso dizer que tem sido o mais difícil, sofrido. Eu ainda não consegui sequer intuir o fim. Encontrei alguns oásis... mas até agora não sei se foi simples ilusão. Mas de alguma forma, me deram forças para continuar a travessia, caso contrário, esse deserto está tão árido, que eu teria desestido. Sim, iria fracassar, mas esse deserto está sugando todas as minhas forças. É a esperança de chegar ao fim, a persistência, a pele já muito queimada é que me fazem persistir... esse deserto está na minha alma, no meu coração. Logo eu entendi que não seria fácil vencê-lo.
Precisei sentir frio, muito frio, sozinha, para ter noção do aconchego dentro do meu coração. As noites ficam muito frias, quase insuportáveis, mas ao amanhecer eu agradeço pelo sol. E quando o sol já me maltrata, eu torço para sentir aquele frio. Mas sempre adiante, atravessando o deserto do meu coração.
 Quis sair na chuva para perceber o poder de águas que escorrem, que pingam... elas são como lágrimas, ora chegam de mansinho, ora chegam descontrolada, causando danos, aos meus olhos irreparáveis. Mas percebi que depois de uma chuva, seja ela fraca ou temporal, o verde fica mais verde, há sensação de frescor.. Assim entendo que um choro pode, sim, significar a renovação.  Gosto de conhecer pessoas, diferentes em todos os aspectos, para entender que cada uma delas foi uma parte de mim que voltou. Ou uma parte de mim que nunca mais vou encontrar. Com isso pude aprender  tolerar, lutar, brigar, descartar, envolver, sentir. E sobretudo a amar. E ser amada. Muitas dessas pessoas se dispuseram a atravessar os desertos comigo. Algumas eu rejeitei, pois sabia que não daria conta. Já outras eu abracei, pois seriam pontos de apoio quando o sol machucasse a pele e o frio viesse muito intenso. De qualquer forma, todas as pessoas com quem tive contato pisaram no deserto do meu coração. Algumas, por conta própria, saíram correndo. Jamais iriam desperdiçar seus tempos em um lugar tão difícil junto comigo. Outros tentaram ficar, tiveram boa vontade, mas não conseguiram me acompanhar. E uns raros, muito raros, estão comigo nesse momento. Seja no meu pensamento, só para me lembrar que eu vou conseguir, outros caminhando lado a lado, e outros se revezando para me carregar todas as vezes que eu caio... e são muitas. O deserto que atravesso é o pior que já vi. Pode ser que eu tenha que cruzar piores... mas pelo menos terei mais experiência.
E enfim, em todos os momentos, seja escalando montanhas, sentindo ventos e furacões, me atrevendo ir de encontro ao mar e atravessando desertos e desfrutando de todas as sensações que essas jornadas proporcionaram e proporcionam, eu pude entender que sou pequena demais, e que tudo isso é tão vasto, há tanto a desbravar, que preciso me despir de qualquer tipo de vaidade, de egocentrismo, do meu "eu", para enfim tentar me entender. Deus está permitindo tudo isso, mesmo quando questiono, revolto, grito, tento me sabotar, falo que vou desistir, para que eu possa entender minhas fraquezas, confessar minhas fragilidades, e enfim entender que há um propósito nisso tudo. E esse propósito é passar por tudo isso e permitir, implorar, desejar a morte do meu ego. Não consegui ainda... mas estou na travessia... dura travessia... desejando a morte do meu ego, para enfim, entender realmente, quem é Deus.
 
Bjs
 



2 comentários:

  1. oie vim te fazer uma visitinha e gostei muito do seu cantinho
    agora te convido a conhecer o meu se gostar e querer seguir fique a vontade
    que eu retribuo depois ok..xauzinho bjs
    http://segredosdeumamulherapaixonada.blogspot.com.br/

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  2. Olá Wanessinha, obrigada! Vou conhecer o seu sim... e volte por aqui quando quiser!

    Bjs,

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