segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A arte de agradar...

Se existe algo difícil, praticamente impossível nessa vida, é o "agradar". Agradar a família, agradar aos amigos, agradar profissionalmente, agradar o cônjuge, agradar os vizinhos, agradar a sociedade... Enfim, vivemos em um mundo onde de certa forma, criam-se várias expectativas em cima de nossas vidas, e para complicar, expectativas diferentes, que variam de acordo com o grupo, local, necessidades. E aqueles que se negam a viver para agradar, se negam a representar "papéis" diferentes, conforme a ocasião, muitas vezes são mal compreendidos, mal interpretados (porque a cada dia chego à conclusão que tudo é uma questão de interpretação e as pessoas, de um modo geral, são apenas "letradas", não conseguem interpretar nada!). 
A vida é um grande palco de teatro, onde cada um é protagonista da sua vida e para não desagradar seu público alvo, a cada ato é uma nova personagem. Aqueles que decidem ser um único personagem em todo esse teatro humano, costumam ser vaiados, apedrejado, ironizado. Cada público quer ver a personagem  transvertida de acordo com seus gostos e parâmetros. Aquele que ousar desafiar essa regra e se despir da personagem e passa a interpretar o seu próprio "eu",  tende a não cair no gosto do público.
Mas quem inventou, quem disse que estamos aqui para agradar? Quem decidiu que temos que ter várias máscaras e roupagens conforme o público alvo? Quem consegue agradar o tempo todo? Se por acaso, em um determinado momento, a sua platéia for heterogênea, com um público diversificado, qual será a sua personagem? Entrará na ingenuidade do maquineísmo, escolherá ser o mocinho ou o bandido, e torcer para que tudo acabe com um final feliz? Ah, eu não quero isso não.
Eu danço a dança da vida, teatro sagrado, no palco de Deus. E Ele é a única platéia que eu desejo ter. Ele é o público que eu quero agradar. Mas como interpretar algo para Deus, sabendo que Ele sabe da nossa essência e já conhece o final da história? Não resta dúvida : não há interpretação. Não precisamos preocupar se estamos agindo como bandidos ou mocinhos. Ficamos no palco da vida vestidos de nós mesmos, com todas as nossas qualidades e defeitos, e Deus, como público e ao mesmo tempo escritor, roteirista e diretor, não está ali para nos julgar. Ele está ali, nos vendo no palco da vida, para nos ensinar, lapidar, mostrar onde podemos melhorar, exorta, cuidar, amparar... Ele não está para julgar. Quem inventou isso de julgamentos e críticas foram os humanos. Eu não tenho a pretensão de agradar o meu público humano (até porque, todos estão, à sua maneira, fazendo suas interpretações e encenando personagens também). Minha vontade mais profunda é agradar a Deus. Mas ao mesmo tempo, não escandalizar a platéia, e sim edifica-la.
Agora, se estou agradando ou não, isso é outra história. O que importa é agradar o criador desse palco, chamado vida, e como Ele já me conhece (foi ele quem idealizou a minha personagem), o público restante terá que se conformar com a única personagem que interpreto: EU. Quem gostar, muito obrigada, aceito os aplausos com muito carinho, críticas construtivas (e feitas com educação) são sempre bem-vindas.... agora, quem não gostar, tem todo o direito de se levantar e ir embora. A cada retirada, haverá uma reflexão em busca de ser uma pessoa melhor...O que eu não aceito são vaias, uma vez que muita gente entra nos teatros sem convites...


                                                                  
Bjs,

2 comentários:

  1. muito bom...excelente

    GUSTAVO

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  2. Oi Gustavo.. Obrigada pela visita e pelo elogio. Volte sempre que quier e puder!

    Abçs,

    Fernanda

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